domingo, 14 de abril de 2013

SEMINÁRIO SOBRE CULTURA E ACESSIBILIDADE 23 E 24 DE ABRIL


Seminário sobre Cultura e Acessibilidade


Assisti às palestras sobre LEGENDAGEM E ESTENOTIPIA. NOVIDADES? QUASE NENHUMA.

O serviço de ESTENOTIPIA continua sendo oferecido por poucas empresas privadas que atuam também no serviço público sob contrato. 
O serviço é caro, porque os equipamentos (teclados e programas) são importados e caros, porque o treinamento de um profissional leva por volta de 4 anos ou mais, porque temos poucos profissionais no mercado. 
Ouço esses argumentos há alguns anos e me pergunto se ter poucos e caros profissionais não seria também uma estratégia de mercado? A raridade aumenta o preço e mantém um mercado cativo. 

Mas não vejo esforço do poder público para melhorar essa situação. Não seria caso de fazer investimentos para a formação desses profissionais assim como vemos vários cursos de formação de intérpretes e profissionais ligados a língua de sinais?

Afinal tanto a estenotipia de eventos, cursos assim como a legendagem de TV e cinema têm como resultado final um texto escrito, acessível a surdos, idosos que perderam parte da audição, e a todos os interessados. 

O trabalho do profissional de estenotipia é muito especializado, deve conhecer a máquina, os programas, ter um grande conhecimento da língua portuguesa, um vocabulário extenso.

Muitas vezes o que é feito por programas de reconhecimento de voz que vemos nas legendas ocultas de TV,  com erros grosseiros e resultado até cômico, não pode ser atribuído ao profissional de estenotipia.  

De toda maneira é importante termos profissionais de ótima qualidade como pudemos ver no seminário: enquanto palestrantes (e público) falavam em São Paulo, o som era transmitido a um posto da empresa Steno em Brasília. Lá um estenotipista recebia o som por fone de ouvido e quase que imediatamente tínhamos no telão da sala a transcrição das falas, praticamente sem erros ou omissões. 

Tivemos também a exibição dos teclados, a explicação de todo o processo, de como é o aprendizado e treinamento de um profissional. 
Pena mesmo que não tenhamos essa tecnologia mais barata e disponível em universidades e outros eventos culturais. 



Seminário mostra como tornar espetáculos culturais acessíveis a pessoas com todo tipo de deficiência

Agradecemos à amiga Lara Gomes da Comunidade dos Surdos Oralizados do Facebook ter enviado essa importante informação
A Secretaria da Cultura e a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo realizam nos dias 23 e 24 de abril o I Seminário sobre Cultura e Acessibilidade, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Voltado a produtores e gestores culturais, o encontro irá demonstrar técnicas e debater formas de estimular a adoção de recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência.
No evento, o público aprenderá que um espetáculo cultural acessível ao público com deficiência não se limita a instalar rampas e reservar lugares especiais na plateia. Há uma série de técnicas e recursos tecnológicos capazes de garantir que pessoas cegas ou surdas tenham pleno acesso ao conteúdo de peças teatrais, balé, óperas, exposições e shows musicais.
O objetivo do seminário é apresentar o acesso à cultura como direito fundamental de todo cidadão, demonstrando como gerar espaços culturais públicos e privados bem equipados e devidamente preparados para recepcionar esse público.
O evento terá mesas-redondas abordando temas como Acessibilidade Comunicacional, suas características, recursos e tecnologias; Acessibilidade Física nos espaços culturais; cases de sucesso; e também o conceito de “arte inclusiva”.
Oficinas e linhas de fomento
No período da tarde, haverá oficinas mostrando como tornar acessível um produto cultural, através de recursos como legendagem, libras, audiodescrição, estenotipia, entre outros.
No dia 24, os secretários Marcelo Mattos Araújo (Cultura) e Linamara Rizzo Battistella (Pessoa com Deficiência) anunciam uma parceria entre as duas secretarias por meio de programas de fomento para estimular a adoção de recursos de acessibilidade em produtos culturais no Estado de São Paulo.
O seminário será realizado na Oficina Cultural Oswald de Andrade, das 9h às 18h30.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail generos.etnias@sp.gov.br ou pelo telefone (11) 2627-8024, informando nome do participante, e-mail para contato e indicando a oficina de que deseja participar.
PROGRAMAÇÃO
23 Abril
9h – 10h30
Mesa I – Apresentação Demográfica: Perfil das Pessoas com Deficiência no Estado de São Paulo
Cássio Rodrigo de Oliveira Silva – Secretaria de Estado da Cultura
Luiz Carlos Lopes – Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Camila Benvenuto – Instituto Mara Gabrilli
Rimar Segala – Mais Diferenças
Coffee break: 15 minutos

11h – 12h30
Mesa II – Acessibilidade Comunicacional
Amanda Tojal –  “Programa Educativo para Públicos Especiais” da Pinacoteca do Estado de São Paulo
Adriana Ferrari - Biblioteca São Paulo
Paulo Romeu – Blog da Audiodescrição
Almoço: 12h30 – 14h

Oficinas:
14h – 16h
Sala I:  Audiodescrição – Por Livia Motta
Sala II: Libras – Por Fernanda Wendy – Coordenadora do Instituto Educalibras
Sala III: Estenotipia – Wagner Medici
Coffee break: 15 minutos

16h30 – 18h30
Sala I:  Legendagem – Wagner Medici
Sala II:  Acessibilidade arquitetônica  Silvana Cambiaghi, Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) da Prefeitura de São Paulo
Sala III:  Recepção Por Museu do Futebol – Ialê Cardoso

24 de Abril 
09h – 10h15
Mesa I – Arte Inclusiva: existe?
Fernanda Bianchini – Ballet
Deto Montenegro – diretor dos grupos de teatro Menestréis e Up 
Glauco Matoso – poeta e escritor
Gonçalo Borges – pintor com os pés e a boca 
Ana Lúcia - Representante do Surdodum
Coffee break: 15 minutos

10h30 – 12h
Mesa II – O papel das novas tecnologias na democratização do acesso cultural e formação de público
Como os espaços se tornaram acessíveis? Estatísticas ou noções de volume de público. Cases de sucesso.  Recursos e tecnologias.
Sugestão de nomes:
Cássia Navas – Plataforma de Dança e acessibilidade;
Lara  Pozzobon – Festival Assim Vivemos ou representante do Cinesesc
Walter Siqueira – Centro Cultural São Paulo
SESC/SP

12h – 13h
Lançamento Programa Estadual de Acessibilidade em Espetáculos Culturais
Marcelo Araujo – secretário de Estado da Cultura
Linamara Rizzo Battistella – secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Com apresentação artística – Ballet Fernanda Bianchini

Almoço: 13h – 14h

Oficinas:
14h30 – 16h
Sala I: Audiodescrição Por Livia Motta
Sala II: Libras – Por Fernanda Wendy – Coordenadora do Instituto Educalibras
Sala III: Estenotipia – Por Wagner Medici

Coffee break: 15 minutos

16h30 – 18h30
Sala I: Legendagem – indicação Wagner Medici – Steno Brasil
Sala II: Acessibilidade arquitetônica Por Silvana Cambiaghi, Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) da Prefeitura de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI O SEU COMENTÁRIO