segunda-feira, 7 de setembro de 2009


SURDEZ INFANTIL:MANTENHA-SE ATENTO



Quando se fala de doenças infantis deve ter-se em especial atenção uma que pode remeter a vida de uma criança ao silêncio total ou parcial. Trata-se da surdez infantil que por variadíssimos motivos pode surgir em tenras idades e que pode comprometer todo o processo de aprendizagem comum a qualquer criança. A adaptação social também pode ressentir-se uma vez que a pessoa que sofre desta disfunção tem tendência a isolar-se e a viver como que à margem dos outros.

Perder um dos cinco sentidos como a audição numa fase crucial do crescimento conduz habitualmente a problemas na área da comunicação seja por deficiente desenvolvimento da linguagem seja por incapacidade de receber e exprimir mensagens e pensamentos através do som.

Além disto, e consoante o grau de surdez, pode verificar-se uma falta de experiência no que se refere ao desenvolvimento motor conduzindo a um ligeiro atraso ou a um excesso de atividade. É possível também a falta de equilíbrio e a falta de coordenação de movimentos. A aquisição dos conceitos abstratos básicos de espaço e tempo também pode ser condicionada.

Causas

A surdez pode ter a sua origem em defeitos ou síndromas congênitos, surgir ao longo do crescimento, verificar-se em apenas um ou em ambos os ouvidos e pode ter causas pré e pós natais ou ainda ter origem no parto.

  • Causas pré-natais:

    - infecções intra-uterinas (como rubéola ou sarampo)
    - intoxicações intra-uterinas (por álcool ou medicamentos como calmantes)
    - alterações endócrinas
    - carências alimentares (concretamente ao nível das vitaminas)
    - agentes físicos como raios-x ou laser

  • Causas pós-natais:
    - doenças infecciosas bacterianas (como otites agudas, crónicas ou serosas e meningites)
    - viroses (como varicela ou hepatite)
    - intoxicações por medicamentos tóxicos para o sistema auricular (como é o caso de alguns antibióticos)
    - excesso de vitamina D
    - inflamações agudas ou crônicas das fossas nasais ou da nasofaringe
    - exposição a sons de alta frequência
    - traumatismos centrais cerebrais que afetem a zona da percepção auditiva
    - traumatismo de alguma das estruturas auriculares

  • Causas com origem no parto:
    - traumatismos obstétricos que provoquem hemorragias no ouvido interno ou nas meninges
    - intoxicações
    - situações de anóxia (má oxigenação da criança durante o parto)
    - incompatibilidades sanguíneas

    Prevenção

    Nenhum método preventivo será demais quando se suspeita da possibilidade de surdez.
  • Como métodos de prevenção destacam-se a realização de um diagnóstico pré-natal pelos casais de risco em relação a doenças congênitas que possam originar problemas auditivos. Durante a gravidez é imperativo que se efetuem despistes de infecções como a toxoplasmose, a rubéola ou o citomegalovírus.
  • Após o nascimento é comum proceder-se também ao rastreio de surdez em recém-nascidos envolvidos em fatores de risco.
    Quando não se tem a certeza de tratar-se de surdez deve proceder-se a diagnósticos suportados por audiometrias, timpanogramas, testes de reflexo acústico, avaliações da capacidade cerebral quanto a percepção dos sinais sonoros e testes de emissões audioacústicas.

    Deve evitar-se introduzir objetos nos ouvidos e evitar sujeitar as crianças a sons de alta frequência. Quando aparece uma otite certificar-se sempre que a mesma ficou bem curada. Em caso de otites sucessivas ponderar o recurso a especialistas cirúrgicos.

    Tratamento

    Quanto ao tratamento existe a possibilidade de utilizar próteses auditivas, recorrer a terapias da fala ou no caso de gravidade do grau de surdez implantes cocleares através de cirurgia.

    Sintomas

    Deve dar-se atenção à criança sempre que esta se queixar de:
    - zumbido nos ouvidos;
    - sensação de fluxo de ar ou água a correr;
    - tonturas;
    - desequilíbrio ou vertigem;
    - secreção auricular;
    - dores;
    - febre.

Fonte:http://www.educacao.te.pt/pais_educadores/index.jsp?p=86&id_art=173

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